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Dilson Resende: novo administrador de Ceilândia

Dilson Resende: novo administrador de Ceilândia

Data de Publicação: 16 de dezembro de 2022 10:04:00 Novo administrador conhece bem a máquina pública e pretende trazer melhorias estruturais e de segurança para a cidade.

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Com mais de 30 anos de experiência junto ao Governo do Distrito Federal (GDF), passando pela gestão de setores importantes nas Regiões Administrativas, como as áreas do campo, da infraestrutura e da iluminação, Dilson Resende de Almeida assumiu, nesta semana, aos 62 anos, a nova gestão da Administração da maior cidade do DF: Ceilândia.

Ele começou a carreira profissional como Zootecnista, sendo técnico de carreira na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), passando posteriormente também pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e Companhia Energética de Brasília (CEB).

“Com 33 anos de experiência, conheço muito bem a máquina do governo e sei como fazer as coisas andarem […] Nunca fui nem serei candidato a nada. Já tive oportunidades, mas nunca quis. Me enxergo e sei onde sou útil”, destacou. Ao Jornal de Brasília, ele compartilhou alguns dos planos para a gestão, passando pela parte estrutural, de segurança, educação, saúde, cultura, entre outras áreas.

 

Quando começou sua conexão com a cidade?

Estou em Brasília desde 1964 e conheço a história de Ceilândia desde o início. Acompanhei o nascimento, conheci o Morro do Urubu [invasão transferida para Ceilândia em 1971, quando foi fundada]. Sou servidor de carreira do GDF desde 1990, então estou fazendo 33 anos de GDF – sempre muito ligado à área rural. Trabalhei na Terracap, na Caesb, na CEB, e fui assessor parlamentar.

Eu conhecia Ceilândia como uma pessoa que vem fazer alguma coisa pontual na cidade, mas nunca tinha convivido. Nos últimos dois anos quando saí da CEB, com a conclusão da privatização, o secretário José Humberto, que me conhece há muito tempo, desde o governo Arruda, me chamou para ajudar a coordenar a área oeste, a mais populosa do DF. Fiquei encarregado de coordenar os programas de governo, apoiar as administrações no dia a dia de Ceilandia, Sol Nascente e Samambaia. Então desde o início do ano passado estou aqui, com Ceilândia e Sol Nascente cobrindo 90% do meu tempo.

Apesar de não ser morador da cidade, hoje conheço Ceilândia em todas as áreas. Conheço todas as demandas estruturais, as áreas sociais, de lazer e cultura; nesses dois anos, conheci toda a Ceilândia, passei dois anos dentro dela.

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Como é receber esse desafio?

Eu já ocupei todos os cargos não eletivos do governo. Fui secretário de estado, gerente de campo pela Emater, já fui superintendente da Caesb, assessor parlamentar, liquidante de uma empresa, fiquei em cargos na Terracap e CEB, já fui diretor e presidente da Emater, secretário agricultura, secretário adjunto e subsecretário, então conheço a máquina pública todinha nesses 33 anos de trabalho.

A administração eu vim conhecer e conviver nesses últimos dois anos, e é um desafio maior do que todos os outros, porque a administração, além da sua função de governo de levar melhorias e modernização, e atender diretamente os anseios da comunidade, é a ponta do governo. Eu nunca tinha enfrentado essa experiência, então encaro com muita humildade e com muito respeito pela cidade e pela comunidade.

Em todas as minhas missões, me dediquei inteiramente, e me dedicarei integralmente à Ceilândia para poder trazer o que a comunidade e a cidade precisa e anseia. Ouvindo sempre, porque a administração está de portas abertas. eu estando na administração, nem precisa nem marcar horário. A minha promessa ao governador Ibaneis foi de trabalhar próximo à comunidade, porque esse foi um pedido dele. Ser uma pessoa que ouve a comunidade – então esse será meu trabalho, meu desafio, que encaro com muita honra.

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[…] Não estou aqui para ocupar um cargo, nem quero degrau de nada. Já estou no meu fim de carreira e quero terminar meu mandato, no tempo que tiver que durar, como um administrador que buscou e trabalhou pela cidade.

Dilson Resende: novo administrador de Ceilândia tem 33 anos de GDF

Nós temos demandas de todos os tipos diariamente. Algumas pontuais, outras não. As demandas são pulverizadas e, de acordo com as organizações dos setores, algumas vêm mais concentradas. Moradores também vêm reclamar coisas pontuais, como uma árvore que está incomodando, entupimento de boca de lobo, buracos na rua, iluminação pública, etc.

Quanto à parte estrutural, ainda temos muito problema de manutenção de vias. A operação tapa-buracos é muito demandada, recapeamento e revitalização de vias que já estão com asfalto muito desgastado, problemas de limpeza da cidade – o SLU faz um trabalho intenso e, infelizmente, nem todos entendem que o lixo vai além de incomodar a porta da casa dele, mas pode entupir uma boca de lobo, uma rede, então é um problema para todo mundo. Problemas de iluminação pública, e também na área rural de Ceilândia, que é uma área que tem o aspecto produtivo importante, além de contenção e contenção urbana, impedindo as invasões de terras.

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Também tem a segurança, que tem uma demanda muito grande, apesar de que já há toda uma estrutura própria para isso. É muito bem estruturada [com a Secretaria de Segurança Pública], mas a administração e a ouvidoria também recebem muita coisa. Uma característica do governo Ibaneis é a integração entre as áreas. Dependendo da ocasião, podemos conversar com comandantes de batalhão, delegados, etc.

Mas a questão é pelo tamanho, por ser a região mais populosa do DF, com mais de 500 mil habitantes. E quanto maior uma cidade, maiores os problemas, como em qualquer outra cidade do mundo. E hoje o problema de segurança se agravou com as drogas. Infelizmente o consumo de drogas leva ao ilícito para se manter o vício e Ceilândia tem um problema sério de pessoas usuárias de drogas. Já existe [na própria administração] aqui uma área social que trabalha com isso.

Essa é uma das coisas que está no nosso horizonte também: trabalhar com a área social para tentar minimizar riscos. Associado a isso, ações de limpeza e iluminação pública, porque um local iluminado também inibe o crime – quero muito trabalhar nisso [na iluminação], dificultando o crime. Fazemos o que podemos para agir. Um dos focos da gestão vai ser em segurança.

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Ceilândia também tem um problema sério de drenagem pluvial. Porque a cidade foi feita de forma organizada, mas foi feita há um tempo considerável. E ela cresceu bastante ao longo dos anos. Então temos a rede de drenagem pluvial subdimensionada ou até danificada pelo tempo. Às vezes também por uma árvore plantada em cima de redes, com a raiz danificando a estrutura – temos avenidas que temos que fazer redes novas inteiras, de tantas árvores. E com o problema de drenagem aqui, acaba desaguando no Sol Nascente, que fica prejudicado.

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Educação, Saúde, Cultura, entre outras áreas de grande demanda na cidade também terão atenção especial. São áreas que têm secretarias específicas e de características independentes.

Na Educação, somos a maior regional de ensino, com a maior quantidade de escolas, e é também uma região que a Secretaria quer investir bastante. Na Saúde, sei que o governador quer abrir mais pontos de atendimento, mas ainda não sei quais são as definições mais específicas. Em Cultura, Ceilândia tem uma riquíssima variedade, então tem que ter espaço para as manifestações – a expressão da cidade tem que ser respeitada e privilegiada. Em Esporte tivemos muitas quadras reformadas, mas ainda assim tem muito a fazer, com manutenção – por exemplo com recuperação das tabelas de basquete –, e a população usar com mais respeito os espaços. É um universo de coisas.

De mim, pode-se esperar dedicação integral, portas abertas. Tenho muita paciência para ouvir. Posso até não conseguir resolver tudo, mas prometo buscar atender a todas as demandas, até porque foi uma determinação do governador Ibaneis, que é trabalhar em consonância com a comunidade. Não estou aqui para inventar solução para ninguém, porque quem sabe o que precisa para resolver é quem está passando o problema – e sendo factível, a gente tenta fazer.

Quero buscar também, como gestor, instrumentos e recursos fora. Acho que Ceilândia é uma cidade que certamente atrai interesses de órgãos e até de embaixadas de outros países que têm recursos para poder investir em determinadas situações. E para isso faremos projetos também, porque sem projetos não se conseguem recursos, não se conseguem obras e investimentos. Queremos trabalhar muito nisso para que a cidade esteja sempre pronta quando surgir uma oportunidade em buscar recursos.

Muitos governos perderam oportunidades incríveis por falta de projetos, e nós não queremos passar por isso aqui não. O governo está trabalhando muito nessa questão de projetos e, na nossa gestão, trabalharemos muito para trazer projetos para Ceilândia.

Nesses dois anos que fiquei acompanhando a cidade, escrevi um documento em que escrevi – apenas por curiosidade, não porque eu tinha alguma pretensão – muitas coisas que a cidade poderia receber pelo tamanho, pela comunidade que tem. Temos que buscar e deixar caminhos e opções para que a cidade possa sempre evoluir e crescer.

 

 

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