O combate ao mosquito da dengue terá uma atenção especial na rede pública de ensino de Ceilândia. Desde a última segunda-feira (5), agentes de vigilância ambiental têm inspecionado as escolas da cidade em busca de criadouros do Aedes aegypti. Em dois dias de trabalho, 12 instituições foram visitadas. E até o início das aulas, marcado para o próximo dia 19, todas as 98 unidades da região administrativa terão passado por vistoria.
“Temos sete equipes nas ruas, cada uma delas composta por dois agentes”, enumera a chefe do Núcleo da Vigilância Ambiental de Ceilândia, Queila Cristina Mendes. “Nas visitas às escolas, procuramos possíveis criadouros do mosquito, usamos larvicida em pontos de acúmulo de água e passamos todas as orientações necessárias para que as instituições de ensino mantenham o ambiente livre da dengue.”
Móveis escolares desativados acumulados em áreas desprotegidas e canaletas entupidas são os pontos mais problemáticos encontrados em alguns colégios. Esses locais são propícios para o acúmulo de água parada, ambiente usado pelo Aedes aegypti para se reproduzir. “A boa notícia é que os diretores têm se mostrado preocupados e tentam cumprir à risca as orientações que estamos passando”, observa Queila.
Vigilância constante
Diretor do Centro Educacional (CED) 6 do P Sul, Jefferson Lobato comemora a iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF). “Imagine que a partir do dia 19, vão transitar por aqui mais ou menos 2 mil alunos – é quase uma cidade”, ilustra. “Por isso, essa presença da vigilância ambiental é muito importante. Os agentes têm um olhar treinado, encontram criadouros em potencial onde a gente nem sabia que seria possível acumular água”.
Jefferson lembra que, além da visita dos agentes, as ações de combate à dengue no CED 6 são constantes: “Todos nós nos tornamos um fiscal aqui dentro – os servidores da limpeza, da secretaria, da direção… Todo mundo está com o olhar mais atento a um copo esquecido no estacionamento, um balde que foi deixado na área verde. E queremos que os próprios alunos se tornem fiscais também”.
Para a diretora da Escola Classe 46 de Ceilândia, Maria José Soares, a inspeção promovida pelo GDF veio no momento certo. “As crianças estão voltando, é fundamental garantirmos um ambiente escolar seguro”, aponta. “Limpamos as canaletas regularmente, ficamos de olho em locais onde a água possa se acumular, mas, ainda que a gente mantenha a escola em ordem, os agentes descobrem um local escondidinho que pode virar criadouro do mosquito. Precisamos ficar ainda mais atentos”.