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Programa da PM oferece aulas gratuitas de futebol a jovens de São Sebastião

Programa da PM oferece aulas gratuitas de futebol a jovens de São Sebastião

Data de Publicação: 4 de novembro de 2024 13:53:00 Classes funcionam no contraturno escolar e têm o objetivo de ocupar e disciplinar os participantes; mais de mil crianças e adolescentes já passaram pelo Bom de Bola, e alguns viraram jogadores profissionais Por Fernando Jordão, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

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Agência Brasília

03/11/2024 às 12:26, atualizado em 03/11/2024 às 12:59

Programa da PM oferece aulas gratuitas de futebol a jovens de São Sebastião

Classes funcionam no contraturno escolar e têm o objetivo de ocupar e disciplinar os participantes; mais de mil crianças e adolescentes já passaram pelo Bom de Bola, e alguns viraram jogadores profissionais

Por Fernando Jordão, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

 

Formar não só bons jogadores, mas excelentes cidadãos. Este é o lema e o objetivo do Bom de Bola, programa preventivo de segurança pública do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em São Sebastião. Nele, crianças e adolescentes de 8 a 14 anos podem praticar futebol, gratuitamente, no contraturno escolar.

Time em campo: boa parte de quem passou pelo projeto já encontrou oportunidade de jogar profissionalmente | Fotos: Matheus F. Souza/Agência Brasília

A iniciativa nasceu em 2011 e, hoje, integra o Centro de Políticas de Segurança Pública (CPSP) da PMDF, que promove ações do tipo em diferentes regiões administrativas. Desde a criação, mais de mil alunos passaram pelo programa em São Sebastião.

“Como nós somos militares, a nossa base é a hierarquia e a disciplina, e a gente prima muito por isso”

Subtenente Dinei Amorim, instrutor

“Muitos desses alunos já estão inseridos hoje no mercado de trabalho”, afirma o subtenente Dinei Amorim, instrutor e um dos responsáveis pela implementação do programa. “Alguns já estão tentando a carreira de jogador de futebol profissional. Tem ex-aluno nosso que já joga profissionalmente, e tem outros que estão em categorias de base [de times] como Atlético Goianiense, Vila Nova… Teve um que teve passagem pela base do Cruzeiro, mas eles iniciaram mesmo no futebol aqui no nosso programa.”

Acompanhamento

Marcelo Corrêa, pai de aluno: “A grande importância desse projeto para mim, como pai, é ver que realmente está criando cidadão, está levando ele para um caminho correto”

Atualmente, são 76 jovens matriculados, que têm aulas às segundas, quartas e sextas. As inscrições no programa podem ser feitas a qualquer tempo — desde que haja disponibilidade de vagas. O responsável deve procurar o 21º BPM e apresentar os documentos solicitados.

A frequência e o bom desempenho escolar são constantemente aferidos. O subtenente detalha: “Como nós somos militares, a nossa base é a hierarquia e a disciplina, e a gente prima muito por isso. Então, todos os alunos têm uma educação elevadíssima, porque a gente está sempre acompanhando. Por menor que seja a nossa contribuição, a gente está ajudando a formar um cidadão”.

Gael Monteiro ressalta que, com as aulas, pode testar suas habilidades: “Tem jogadores de bom nível, e os treinadores estão sempre dando toques para a gente, do que fazer, de posicionamento, drible”

Para os pais, essa disciplina é um dos diferenciais da iniciativa. “A grande importância desse projeto para mim, como pai, é ver que realmente está criando cidadão, está levando ele para um caminho correto”, avalia Marcelo Corrêa, pai de João Matheus, de 11 anos. “É um ambiente familiar aqui. E ele está tendo mais relacionamento com os colegas, sabendo a importância de proteger o colega para não machucar; se vir um colega com algum problema, ele vai lá dar um conselho… Então, está sendo muito importante”.

Pyettro Rodrigues já tem planos: “No início do ano, fiquei sabendo de um cara daqui que foi jogar no Athletico Paranaense, e eu continuo, com motivação e disciplina, tentando alcançar esse sonho”

Já para os alunos, além de uma atividade de lazer, o programa também é visto como a chance de alcançar o sonho de ser jogador profissional. “Aqui dá para testar minhas habilidades, tem jogadores de bom nível, e os treinadores estão sempre dando toques para a gente, do que fazer, de posicionamento, drible”, aponta Gael Monteiro.

“Algumas vezes já pensei em desistir dessa carreira, mas permaneci firme. No início do ano, fiquei sabendo de um cara daqui que foi jogar no Athletico Paranaense, e eu continuo, com motivação e disciplina, tentando alcançar esse sonho”, arremata Pyettro Mytchuwm Rodrigues, 14.

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