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Olimpíada de Matemática: jovens do DF ganham mais de 10 medalhas em NY
A Olimpíada de Matemática Copernicus aconteceu nos dias 14 a 18 de julho e recebeu 16 competidores da capital
atualizado
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Material cedido ao Metrópoles
Entre os 16 jovens brasilienses que participaram da Olimpíada de Matemática Copernicus, realizada em Nova York (EUA) na última semana, 11 trouxeram medalhas para a capital. Foram quatro ouros, três pratas e quatro bronzes conquistados pelo Distrito Federal.
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O evento é uma competição internacional aberta a alunos do 3º ano do fundamental ao 3º ano do ensino médio. Dividida em duas etapas, as provas começam na Rodada Preliminar, que acontece em cada país. Os estudantes brasileiros fizeram esta parte em março de 2024.
A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, sedia a segunda etapa — a Rodada Global. As avaliações deste ano foram feitas entre os dias 14 a 18 de julho, na Universidade de Columbia. Alunos de 34 países fizeram a prova, que possui 25 questões de múltipla escolha e deve ser concluída em até 60 minutos.
Os participantes são divididos em cinco categorias de acordo com o nível educacional em que estão. Todos os participantes que foram da capital brasileira até os EUA para competir estavam presentes nas três primeiras categorias e houve premiações em cada uma delas. Além disso, todos estudam em escolas particulares e possuem de 9 a 14 anos.
Veja a divisão da Olimpíada de Matemática Copernicus:
- Categoria 1: 3ª e 4ª séries
- Categoria 2: 5ª e 6ª séries
- Categoria 3: 7ª e 8ª séries
- Categoria 4: 9ª e 10ª séries
- Categoria 5: 11ª e 12ª séries
As 10ª, 11ª e 12ª séries representam os três anos do ensino médio brasileiro.
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Com esforço e estudos, há bons resultados
Dono de uma das medalhas de ouro ganhas na Copernicus, Henrique de Souza Cassia Varanda tem apenas 9 anos e contou que nem esperava ganhar medalha. “Eu não esperava ganhar medalha. Depois que fiz a prova, achei que fui bem e tinha possibilidade, mas não uma de ouro!”, explica.
Ao não ouvir o próprio nome enquanto os medalhistas de bronze e de prata eram anunciados, Henrique ficou nervoso. “Pensei: É tudo ou nada! E ainda bem que deu certo. Fiquei muito feliz e emocionado! E com um pouquinho de vergonha de subir no palco.”
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Outro medalhista de ouro, Lucca Sampaio Abritta, 12 anos, também não esperava o prêmio e disse ter superado as próprias expectativas. Ele contou que os estudos o deram um dos melhores resultados da categoria dele e ainda destacou a ajuda que recebeu da mãe, que também é apaixonada por matemática.
Sobre a dificuldade da prova, ele revelou: “Não é impossível de se fazer, mas com bastante esforço e estudo se alcança um bom resultado.”
Os estudantes Vitor Veras Lima, 10, e Heitor Henrique Nunes Godeiro, 13, foram responsáveis pelas outras duas medalhas de ouro do Distrito Federal. O sentimento para ambos é o mesmo: muita felicidade.
Quem também ganhou destaque, levando a medalha de bronze, foram os gêmeos Gabriel Leão e Luis Felipe Leão, de 10 anos, que confessaram não ter estudado muito, mas garantiram que a prova exigiu muita concentração para ser finalizada. “Não achamos difícil, mas foi uma prova que exigiu muito raciocínio lógico” contou Luís. “Não esperava o resultado. Mas adorei realizar a prova”, finalizou Gabriel.
A medalha é apenas a cereja do bolo
Letícia Resende Gauer, 10, ganhou prata e disse que os estudos para outras provas a ajudaram a chegar com confiança à Olimpíada de Matemática. “Estou num ano de muito estudo de matemática porque quero tentar uma vaga nos concursos muito concorridos dos colégios militares.”
Ela também explicou que já medalhou em outras olimpíadas, tanto nacionais quanto internacionais. A jovem achou a prova tranquila e a oportunidade de fazê-la já foi motivo de muita felicidade. “A medalha de prata foi a cereja do bolo.”
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Uma das outras medalhas de prata foi ganha pelo Martin Sendic Maciel, 10. Para ele, foi muito gostoso ver todos vibrando pelo prêmio e por ter superado um desafio tão difícil. Durante a prova, ele achou algumas questões complicadas.
“No início estava nervoso porque fiquei com medo de não conseguir terminar, mas à medida que fui resolvendo algumas questões, fui ganhando confiança.”
Pedro Melo Cunha de Souza, 10, foi responsável pela terceira medalha de prata e ficou surpreso com o prêmio. “É uma sensação de orgulho e alegria por ter me destacado frente a competidores de diversas nacionalidades”, contou.
Ganhar uma medalha internacional é diferente
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A prova da Olimpíada de Matemática Copernicus exige muita concentração e dedicação, já que não é apenas sobre cálculos e também envolve raciocínio lógico. Isso é o que Giovanna Sampaio Abritta, 14, vencedora de um dos bronzes explica.
“É preciso calma porque existem pegadinhas, o que faz com que seja uma prova difícil.” A adolescente se prepara para entrar em uma faculdade prestigiada, ou até mesmo conseguir uma bolsa no exterior. Participar de competições como a Copernicus já virou uma rotina.
“Apesar de já ter ganhado outras medalhas em competições nacionais, a sensação de ganhar uma medalha internacional é diferente. Ver meu nome no telão junto com a bandeira do Brasil foi muito emocionante”, conta.
Além da Giovanna, mais três estudantes brasilienses foram medalhistas de bronze. Entretanto, os responsáveis não permitiram a divulgação da identidade dos mesmos.