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Saúde autoriza médicos a mudarem de especialidade para reforço em áreas críticas

Saúde autoriza médicos a mudarem de especialidade para reforço em áreas críticas

Data de Publicação: 22 de outubro de 2024 04:09:00 Profissionais precisam ter três anos de ingresso na carreira e certificação. Setores são considerados de difícil provimento e apresentam necessidade de pessoal Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

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Agência Brasília

 

Profissionais precisam ter três anos de ingresso na carreira e certificação. Setores são considerados de difícil provimento e apresentam necessidade de pessoal

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

 

Médicos da Secretaria de Saúde (SES-DF) podem, a partir desta segunda-feira (21), pedir a mudança de especialidade para as seguintes áreas: neonatologia, pediatria, terapia intensiva adulto, anestesiologia, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, neurocirurgia, oncologia, radioterapia e psiquiatria. Considerados de difícil provimento, são setores que apresentam a necessidade de mais profissionais.

Na rede pública, há servidores médicos que, após nomeados, se especializam em outras áreas. Com a Portaria n.º 493 – publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda, página 14 -, será possível otimizar a força de trabalho no âmbito da SES-DF, conforme a necessidade e o interesse público. “O objetivo é melhorar a qualidade dos serviços, reduzir a espera e garantir uma assistência especializada”, enfatiza a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

O objetivo é melhorar a qualidade dos serviços, reduzir a espera e garantir uma assistência especializada | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde-DF

Requisitos

Para alteração da especialidade, a medida estabelece alguns critérios: interesse expresso do servidor e da instituição; três anos de ingresso na carreira; e titulação/certificação na área escolhida.

Vale destacar ainda que a mudança está vinculada ao interesse público e será concedida mediante fundamentação. Por isso, cada pedido será analisado individualmente. Em seguida, será definida a lotação dos profissionais, que levará em conta a especialidade, déficit nas regiões, entre outros aspectos.

Saúde em números

Atualmente, para atender toda a rede de saúde do DF, há 134 neonatologistas, 431 pediatras, 215 anestesiologistas, 31 cirurgiões pediátricos, 26 cirurgiões plásticos, 10 neurocirurgiões, 15 oncologistas clínicos, nove radioterapeutas e 99 psiquiatras. Os dados são do portal InfoSaúde-DF.

“São especialidades fundamentais para o atendimento de casos de alta complexidade. Portanto, a migração impacta diretamente na qualidade e na agilidade da assistência. O reforço irá proporcionar cuidados mais rápidos e adequados”, avalia a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

 

DODFmudança

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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