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Novo Núcleo Interno de Regulação do Hospital de Base reduz em 60% internações prolongadas

Novo Núcleo Interno de Regulação do Hospital de Base reduz em 60% internações prolongadas

Data de Publicação: 18 de outubro de 2024 08:12:00 Iniciativa avalia individualmente os casos de pacientes em tratamento há mais de 30 dias para decidir sobre possível alta ou encaminhamento a unidades de menor complexidade da rede pública; medida auxilia na garantia de leitos para casos graves e complexos Por Agência Brasília* | Edição: Ígor

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Agência Brasília

17/10/2024 às 19:32, atualizado em 17/10/2024 às 19:33

Novo Núcleo Interno de Regulação do Hospital de Base reduz em 60% internações prolongadas

Iniciativa avalia individualmente os casos de pacientes em tratamento há mais de 30 dias para decidir sobre possível alta ou encaminhamento a unidades de menor complexidade da rede pública; medida auxilia na garantia de leitos para casos graves e complexos

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

 

A implementação de um Núcleo Interno de Regulação (NIR) no Hospital de Base reduziu em cerca de 60% o número de pacientes em internação prolongada. A medida é importante para otimizar os recursos hospitalares e oferecer a cada paciente o tratamento adequado no local mais apropriado. Além disso, garante que a unidade consiga receber casos graves e complexos de forma contínua.

Segundo o superintendente do Hospital de Base, Guilherme Porfírio, a estruturação do núcleo vem sendo feita há dois anos a partir da constatação de que muitos pacientes permaneciam internados na unidade com alternativas disponíveis no sistema. “Esse núcleo vem para garantir que tenhamos um giro de leitos mais eficiente e, consequentemente, um atendimento melhor a quem precisa”, disse Guilherme.

O núcleo é importante para otimizar os recursos hospitalares e oferecer a cada paciente o tratamento adequado no local mais apropriado | Foto: Alberto Ruy/IgesDF

Uma vez identificado um paciente com internação prolongada, com tratamento superior a 30 dias, as equipes multidisciplinares do hospital fazem uma avaliação criteriosa sobre a possibilidade de alta ou de transferência para hospitais regionais ou abrigos. São levados em conta, além dos critérios clínicos, fatores sociais e logísticos para decidir os próximos passos.

“Nós mantemos contato para garantir a disponibilidade de vagas e a transferência segura desses pacientes”, explica Taciana Sepúlveda, responsável pelo setor. Segundo a médica, a liberação de leitos em casos em que o paciente já não mais necessita de internação ou que pode dar continuidade em outro local é fundamental para que o Base consiga absorver mais pacientes em início de tratamento ou com casos em que a unidade é referência. “Em conjunto com a gestão de leitos do HBDF, pensamos na otimização da ocupação e garantimos a disponibilidade de leitos para novos pacientes”, afirma.

Acompanhamento

Uma vez identificado um paciente com internação prolongada, com tratamento superior a 30 dias, as equipes multidisciplinares do hospital fazem uma avaliação criteriosa sobre a possibilidade de alta ou de transferência para hospitais regionais ou abrigos

Uma das preocupações dos profissionais do núcleo é garantir segurança para os pacientes na hora da mudança da unidade ou da alta hospitalar. Cada um recebe um acompanhamento personalizado e orientações, visando esclarecer dúvidas, direcionar a continuidade do tratamento e garantir o cumprimento do plano terapêutico estabelecido pelos médicos. “Há muita resistência de alguns deles, pois acreditam que precisam ficar internados no Hospital de Base durante toda a sua jornada. Mas com muita conversa e negociação, conseguimos convencê-los que o período de internação no Hospital de Base se dá somente enquanto for necessário algum auxílio da alta complexidade, e passado esse período, o paciente necessita dar seguimento em outra unidade de saúde de complexidade menor”, complementa Taciana Sepúlveda.

O modelo adotado nos últimos meses ainda enfrenta desafios, principalmente a falta de vagas em abrigos para pacientes sem família e a complexidade de alguns casos clínicos. No entanto, a boa experiência do núcleo na liberação de leitos é importante para que o programa possa ser ampliado e replicado em outras unidades hospitalares da rede pública do DF. “A expectativa é que o NIR se torne um modelo de referência para outros hospitais, contribuindo para a melhoria da qualidade do atendimento e para a otimização dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, conclui Taciana.

*Com informações do IgesDF

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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