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Dia Nacional de Combate à Tuberculose alerta para a importância do tratamento

Dia Nacional de Combate à Tuberculose alerta para a importância do tratamento

Data de Publicação: 18 de novembro de 2024 04:43:00 Abandono dos pacientes está diretamente relacionado à piora ou mesmo ao óbito. Rede pública oferece acolhimento completo Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

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Dia Nacional de Combate à Tuberculose alerta para a importância do tratamento

Abandono dos pacientes está diretamente relacionado à piora ou mesmo ao óbito. Rede pública oferece acolhimento completo

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

 

Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose tem um tratamento eficaz oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, sentir-se bem e abandonar as recomendações médicas pode levar os pacientes à piora ou mesmo ao óbito. Esse é um dos principais alertas feitos hoje, 17 de novembro, Dia Nacional de Combate à Tuberculose.

A rede de Unidades Básicas de Saúde é a porta de entrada para os serviços de diagnóstico e de tratamento contra a tuberculose | Foto: Jhonantan Cantarelle/Agência Saúde-DF

“O abandono de tratamento tem consequências extremamente graves. A primeira delas é a recidiva da doença”, explica o médico infectologista e Referência Técnica Distrital (RTD) em infectologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), José David Urbaez. “Quando o paciente abandona o tratamento sem finalizá-lo, dá a oportunidade para a bactéria desenvolver resistência. Além da resistência e da recidiva, que já são problemas sérios, o abandono sustenta a transmissão, pois pacientes que não erradicam a bactéria continuarão transmitindo”, alerta.

O tratamento, à base de antibióticos, é totalmente eficaz, mas precisa ser seguido corretamente. É comum que ocorram alguns efeitos colaterais, como dor abdominal, náuseas, formigamento nos pés e alterações no humor. Como o quadro geral do paciente costuma melhorar significativamente já nas primeiras semanas, muitos interrompem o tratamento prematuramente. “Depois de interromper o tratamento, a pessoa se sente bem por um tempo. Mas aí acontece a recidiva e, geralmente, o quadro é mais grave do que da primeira vez. Além disso, o sucesso do tratamento pode ser bem menor”, alerta o médico.

Abandonar o tratamento contra a tuberculose traz risco de agravamento da doença | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF

Dados da SES-DF informam que, somente em 2023, 81 pacientes abandonaram prematuramente o tratamento no DF. O número total de casos ao longo do ano foi de 580, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net. Foram registrados 22 óbitos.

Diagnóstico Precoce

A SES-DF oferece uma ampla rede de atenção, apta para atender desde os casos considerados mais simples até os mais complexos. O paciente encontra acolhimento inicial em uma das 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do DF para fazer uma avaliação e, se necessário, o “teste do escarro”, uma das técnicas de confirmação do diagnóstico.

Entre os principais sintomas estão tosse seca ou com secreção por mais de três semanas — há possibilidade de tosse com pus ou sangue. Cansaço excessivo, febre baixa, suor noturno, falta de apetite, emagrecimento e rouquidão são outros sintomas prováveis. Fatores como má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ou qualquer outra condição que diminua a resistência do organismo também contribuem para o desenvolvimento da doença.

O início do tratamento também é importante para interromper a transmissão. “Durante o tratamento, quando feito de forma adequada, calcula-se que em mais ou menos duas semanas a pessoa para de transmitir a bactéria. Por isso, a importância da estratégia de identificação e tratamento precoces da doença”, explica o infectologista José David Urbaez.

No Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), são atendidos os pacientes mais graves infectados com a doença, incluindo aqueles que abandonaram o tratamento e apresentaram retorno da doença, aqueles em que os exames apontam para a ineficácia das medicações padronizadas e portadores de doenças que afetam o sistema imune, como é o caso da AIDS.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

 

acolhimento

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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