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reprodução redes sociais

Circula nas redes sociais desde a semana passada uma fotografia que mostra o presidente Isaac Herzog, de Israel, a escrever a frase “Confio em ti” numa bomba que será lançada sobre Gaza. Ele está cercado por soldados sorridentes no que parece ser uma cena festiva.

Se Israel tivesse declarado oficialmente que o objetivo da presente guerra era a “vingança”, nada mais que isso, talvez houvesse lugar para uma fotografia em que seu presidente assina uma bomba que está prestes a matar pessoas que não fazem parte do Hamas.

Enquanto este não for o objetivo, observa o jornal Haaretz, não há boas razões para que a fotografia circule. Dito de outra maneira: não sendo essa uma guerra de vingança, não haveria por que o presidente de Israel enviar mensagem por meio de uma bomba.

Essa já é uma guerra bastante assimétrica entre um grupo de 30 mil combatentes, de um lado, e do outro o mais poderoso exército do Oriente Médio, apoiado pelas maiores potências do mundo ocidental. Israel já matou mais de 22 mil palestinos, ferindo quase 58 mil.

A guerra só vai parar quando “o Hamas acabar”, repete o governo de Israel. Como ele não sabe ou não quer distinguir combatentes de não combatentes, acabar com o Hamas só será possível sacrificando-se civis inocentes, incluindo mulheres e crianças.