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Agosto Dourado chama a atenção para o estímulo à amamentação

Agosto Dourado chama a atenção para o estímulo à amamentação

Data de Publicação: 27 de agosto de 2024 07:44:00 Campanha mostra que importância do leite materno vai além da alimentação — é um momento de intensa conexão entre mãe e bebê

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Campanha mostra que importância do leite materno vai além da alimentação — é um momento de intensa conexão entre mãe e bebê

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Levi agarrado na mãe Laura, durante amamentação -  (crédito: Arquivo pessoal)

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Levi agarrado na mãe Laura, durante amamentação - (crédito: Arquivo pessoal)

O alimento mais nutritivo e essencial para a vida do recém-nascido é o tema da campanha Agosto Dourado, que visa incentivar a amamentação e a doação do leite materno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o alimento é capaz de reduzir em até 13% as mortes evitáveis em menores de cinco anos. É recomendado o aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, seis meses de vida.

A iniciativa foi criada, em 1992, pela OMS, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além de contribuir para a melhora nutricional, estimular o nascimento dos dentes e auxiliar na criação de anticorpos, o leite materno também é responsável pelo desenvolvimento do vínculo entre a mãe e o bebê.

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Para Renara Araújo, assessora técnica da Coordenação Geral de Atenção à Saúde das Crianças do Ministério da Saúde, o Agosto Dourado serve à sensibilização e à revisão de práticas de incentivo que a mãe dê o peito ao filho. “A campanha está voltada para operações de fortalecimento, de proteção e apoio à amamentação. É um momento de reflexão, seja dos profissionais da saúde, da população em geral, da sociedade civil, acerca da importância da amamentação. Precisamos trabalhar muito em conjunto para aumentar as taxas de alongamento materno no nosso país”, frisa.

A ginecologista e obstetra Karla Frota explica por que este é o alimento mais completo para os bebês e os motivos de não poder ser substituído por fórmulas prontas sem orientação médica. “O leite materno é de mais fácil digestão do que qualquer fórmula que o bebê possa ingerir. Nele, a gente manda também anticorpos para as crianças — que vão protegê-las até que tomem vacinas e gerem seus próprios anticorpos”, ressalta.

Ginástica

Mas a amamentação não é somente uma questão de dar o melhor alimento para o bebê. Segundo a pediatra Ianara Pinto, é, também, o momento de uma interação mais intensa entre mãe e filho.

 

amamentação agosto dourado(foto: Valdo Virgo)

 

“O próprio movimento da amamentação funciona como uma ginástica para os músculos da face do bebezinho que está se desenvolvendo. A sucção favorece o desenvolvimento correto da arcada dentária e, também, todo o desenvolvimento ósseo do rosto da criança”, explica.

Os benefícios não se restringem ao bebê, mas, também, à mãe que amamenta. Segundo um estudo publicado pela revista Cancer Medicine, amamentar por mais de um ano pode reduzir em até 4,3% a possibilidade de desenvolver câncer de mama. Apesar dos dados científicos, o ato é rodeado de mitos e dificuldades. A OMS destaca que não há uma idade máxima para a amamentação, mas indica que crianças continuem recebendo leite materno a até, pelo menos, os dois anos, mesmo depois da introdução dos primeiros alimentos sólidos.

*Estagiária sob a supervisão de Luana Patriolino

 

 

Foto de perfil do autor(a) Juliana Sousa

Juliana Sousa 

postado em 27/08/2024 03:55

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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