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DF moderniza monitoramento das síndromes gripais

DF moderniza monitoramento das síndromes gripais

Data de Publicação: 5 de setembro de 2024 12:40:00 Ambiente virtual da Secretaria de Saúde facilita acesso a informações e agiliza gestão. Mapa mostra a incidência de casos por região administrativa Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

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DF moderniza monitoramento das síndromes gripais

Ambiente virtual da Secretaria de Saúde facilita acesso a informações e agiliza gestão. Mapa mostra a incidência de casos por região administrativa

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

 

Quantos pacientes foram atendidos nas unidades da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) com sintomas gripais a cada semana de 2024? Qual é a faixa etária deles? Em quais regiões administrativas? Quantos exames e internações foram necessários? Informações como essas podem agora ser facilmente acessadas por meio da Sala de Monitoramento Virtual das Síndromes Gripais, lançada pela SES-DF.

Sala virtual de monitoramento permite acesso a dados de atendimento em UBSs, UPAs e hospitais | Arte: InfoSaúde-DF

“A disponibilidade de informações desempenha um papel crucial no aperfeiçoamento dos serviços de saúde prestados à população, pois permite várias melhorias como planejamento e alocação de recursos”, afirma a subsecretária de Atenção Integral à Saúde da SES-DF, Bianca Lima. O ambiente virtual reúne informações obtidas de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e da Vigilância à Saúde, incluindo boletins epidemiológicos e um mapa onde é possível identificar as áreas com maiores incidências.

Saúde baseada em dados

A Sala de Monitoramento Virtual das Síndromes Gripais se espelha na experiência positiva do painel de acesso a informações sobre a dengue, implementado em fevereiro deste ano e que, em apenas três meses, teve mais de 200 mil cliques. “É mais um conglomerado de informações para auxiliar o profissional de saúde, o gestor, a população e o controle social nas questões relacionadas aos períodos das síndromes gripais, fazendo, assim, uma saúde baseada em evidências”, explica o subsecretário de Planejamento à Saúde da SES-DF, Rodrigo Vidal.

Uma das principais medidas para o combate às síndromes gripais é a vacinação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Iniciativa do Centro de Inteligência Estratégica para Gestão do SUS no DF (Cieges-DF), a sala é atualizada com base em sistemas como o E-Sus, o Sistema de Gestão Hospitalar e o TrackCare. O espaço apresenta ao usuário uma linguagem simples e pode ser acessada tanto via computadores quanto celulares ou tablets.

A coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra França, elogia a possibilidade de tomar decisões rápidas com base no ambiente virtual. À frente do trabalho realizado pela rede de 176 UBSs, ela destaca: “A sala de monitoramento permite que a gestão reaja prontamente às demandas e adapte os serviços conforme a demanda, o que é crucial em contextos como o de síndromes gripais.”

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

 

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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