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Outubro Rosa: um movimento de conscientização e esperança

Outubro Rosa: um movimento de conscientização e esperança

Data de Publicação: 6 de outubro de 2024 09:08:00 No DF, de janeiro a março, foram mais de 5 mil mamografias realizadas na rede pública de saúde, que tem as unidades básicas de saúde (UBSs) como porta de entrada para o atendimento e mantém a campanha de combate à doença de modo permanente

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No DF, de janeiro a março, foram mais de 5 mil mamografias realizadas na rede pública de saúde, que tem as unidades básicas de saúde (UBSs) como porta de entrada para o atendimento e mantém a campanha de combate à doença de modo permanente

INÍCIOOPINIÃO

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Fazer mamografia aos 40 pode reduzir risco de morte -

Fazer mamografia aos 40 pode reduzir risco de morte -

CELINA LEÃO — Vice-governadora do Distrito Federal

O Outubro Rosa é uma das campanhas de saúde pública mais reconhecidas e importantes do mundo, dedicada à conscientização sobre o câncer de mama e do colo do útero, assim como à promoção da detecção precoce dessas doenças. Embora seja uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil e no mundo, a campanha não se limita apenas a informar. Ela vai além, promovendo ações de prevenção, incentivando o autocuidado e buscando desmistificar medos, preconceitos e estigmas.

Um dos aspectos mais importantes da campanha é a ênfase na detecção precoce do câncer de mama e do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), quando diagnosticado nos estágios iniciais, o câncer de mama tem uma chance de cura que pode ultrapassar 90%. Já o câncer do colo do útero é, praticamente, 100% prevenível, seja pela vacina, seja pelo exame preventivo, também conhecido como Papanicolau, ambos disponíveis em nossa rede pública de saúde.

No intuito de promover o intercâmbio, treinamento e capacitação dos profissionais da rede pública de saúde e pesquisadores no que há de mais moderno no combate ao câncer do colo do útero e de mama, este ano, firmamos uma parceria muito importante — um acordo de cooperação internacional com entidades médicas. A parceria, que terá duração de cinco anos, foi selada durante minha visita à Health Catalyst (GHC) Summit 2024, realizada na Johns Hopkins University, em Washington, nos Estados Unidos, em junho.

É uma colaboração crucial para melhorar a detecção precoce e os tratamentos, beneficiando, especialmente, as nossas mulheres que concentram 60% dos casos de câncer diagnosticados da capital, com predominância de mama e colo do útero.

A campanha ainda reforça a importância da saúde mental e emocional. Muitas vezes, o estresse e a ansiedade, principalmente para quem recebeu o diagnóstico de câncer, podem agravar o quadro ou dificultar a recuperação. Por isso, a promoção do bem-estar integral também é parte crucial da conscientização.

Outro ponto importante do Outubro Rosa é a luta pela igualdade no acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Embora o Brasil tenha avançado em políticas públicas de saúde, ainda existem desigualdades gritantes entre as regiões do país. O acesso à mamografia, por exemplo, ainda é restrito em muitas áreas, e o tempo de espera para iniciar o tratamento pode ser crucial para a sobrevivência das pacientes. 

No DF, somente de janeiro a março, foram mais de 5 mil mamografias realizadas na rede pública de saúde, que tem as unidades básicas de saúde (UBS) como porta de entrada para o atendimento e mantém a campanha de combate à doença de modo permanente. Em 2023, foram 27,3 mil exames realizados. Além do primeiro acolhimento, é nas UBS que as pacientes encontram cuidado ao longo e após o tratamento. Lá, são solicitados exames, retirados pontos e onde recebem o direcionamento para ações de práticas integrativas e grupos de apoio.

A força do Outubro Rosa reside também no engajamento da sociedade. Governo, empresas, ONG e celebridades se mobilizam para divulgar a campanha, arrecadar fundos e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce. Esse engajamento ajuda a amplificar a mensagem da campanha, atingindo um público cada vez maior e transformando a conscientização em ações concretas. 

O Outubro Rosa vai além de uma campanha de conscientização sobre o câncer de mama; é um movimento de esperança, educação e empoderamento. Ao promover o diagnóstico precoce, o autocuidado e o apoio às pacientes, o movimento contribui para salvar vidas e transformar a maneira como a sociedade enxerga e trata a doença. No entanto, ainda há muito a ser feito, principalmente em termos de garantir o acesso igualitário ao diagnóstico e tratamento para todas as mulheres. O sucesso dessa campanha, que teve início na década de 1990 nos Estados Unidos e logo ganhou o mundo, depende do compromisso contínuo de todos nós

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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