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Tratamento de casos leves e moderados de covid-19 é ofertado em unidades básicas de saúde

Tratamento de casos leves e moderados de covid-19 é ofertado em unidades básicas de saúde

Data de Publicação: 25 de janeiro de 2025 23:39:00 Medicamentos já eram oferecidos em hospitais e ambulatórios especializados e agora 14 UBSs começam a distribuir Por Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger

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Por Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger

 

Pacientes adultos agora contam com acesso ampliado e facilitado à medicação para o tratamento de casos leves e moderados de covid-19. Os remédios já eram oferecidos pelas farmácias dos hospitais e da Atenção Ambulatorial Especializada – policlínicas, Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília e Centro Especializado em Doenças Infecciosas – da rede pública de saúde distrital. Agora, 14 unidades básicas de saúde (UBSs) dispõem do produto. A lista está disponível no site da Secretaria de Saúde (SES-DF).

Pacientes adultos agora contam com acesso ampliado e facilitado à medicação para o tratamento de casos leves e moderados de covid-19 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

A associação dos fármacos Nirmatrelvir e Ritonavir (NMV/r) é indicada para pacientes que não necessitam de oxigênio suplementar, mas que apresentam risco aumentado de progressão para doença grave. É o caso de imunossuprimidos – a partir de 18 anos – ou indivíduos com 65 anos ou mais. A administração deve ser feita até o quinto dia do início dos sintomas.

Para a retirada do medicamento, o usuário deve apresentar a prescrição juntamente com o documento de identificação e o Cartão Nacional de Saúde

 

O preenchimento de formulário específico e o laudo de exame positivo ou a ficha de notificação do caso de covid-19 no e-SUS não são mais necessários. Assim, a prescrição do NMV/r passou a ser realizada em receituário comum, em duas vias.

“A dispensação facilitada é muito positiva. Afinal, a covid-19 continua a fazer vítimas. Precisamos empregar todas as alternativas de proteção e tratamento que dispomos”, explica a referência técnica distrital (RTD) colaboradora em infectologia, Clarisse Lisboa. Para a retirada do medicamento, o usuário deve apresentar a prescrição juntamente com o documento de identificação e o Cartão Nacional de Saúde.

Cuidado contínuo

De acordo com o último Boletim Epidemiológico, a semana atual apresenta 205 novos casos da doença em relação à semana anterior. A média de idade do total de casos confirmados é de 39 anos e a de óbitos é de 68 anos. A maior letalidade por faixa etária está no grupo de 80 ou mais, bem como a maior taxa de mortalidade.

A vacina contra covid-19 compõe o Calendário de Vacinação para idosos com 60 anos ou mais – a cada seis meses. Para os grupos especiais, composto por pessoas com maior vulnerabilidade ou condição que aumenta o risco para as formas graves da doença, é indicada uma dose anual ou a cada seis meses, dependendo do grupo pertencente. Dúvidas adicionais podem ser tiradas com as equipes dos locais de vacinação.

Indicação médica

O NMV/r não deve ser utilizado por indivíduos sem a devida avaliação médica. Os médicos devem se atentar para os critérios de indicação, contraindicação e ajuste de dose, bem como suas principais interações medicamentosas. O remédio é de uso individual e exclusivo ao paciente que passou por avaliação médica e que recebeu a prescrição.

*Com informações da SES-DF

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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