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Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis

Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis

Data de Publicação: 12 de fevereiro de 2025 07:47:00 Aquisição será feita por meio de contrato de comodato, que funciona como um empréstimo Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

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Agência Brasília

11/02/2025 às 13:44

Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis

Aquisição será feita por meio de contrato de comodato, que funciona como um empréstimo

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) iniciou processo de aquisição de insumos que vão aprimorar o diagnóstico de casos suspeitos da doença de Chagas e sífilis. A obtenção será realizada mediante o processo de comodato, que funciona como um empréstimo e é considerada uma forma mais eficiente e vantajosa do ponto de vista econômico.

“A disponibilização da tecnologia de quimioluminescência por meio do processo de comodato permitirá que o Lacen-DF atenda integralmente à demanda das unidades públicas de saúde, assegurando qualidade e confiabilidade dos resultados emitidos”, ressalta diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo.

Com o fornecimento contínuo dos reagentes, o Lacen-DF poderá agir com mais precisão e confiabilidade no diagnóstico de Chagas e Sífilis | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde

Neste contrato, o fornecimento contínuo dos reagentes para os diagnósticos das doenças será garantido. Os insumos vão viabilizar a implantação de uma metodologia denominada “imunoensaio quimioluminescente”, que oferece mais precisão e confiabilidade nos resultados laboratoriais dos casos suspeitos.

Atendendo recomendações do Ministério da Saúde para que os testes sejam realizados com alta sensibilidade e especificidade, a técnica reduz a interferência por reações cruzadas com outras patologias – como leishmaniose visceral, hanseníase e doenças autoimunes. Isso minimiza a ocorrência de resultados falsamente positivos ou negativos.

“A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos”

Grasiella Araújo, diretora do Lacen-DF

Para a diretora do Lacen-DF, essa forma de empréstimo resulta também em economia aos cofres públicos, uma vez que não requer grande investimento inicial na aquisição do equipamento. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos, garantindo acesso à tecnologia de ponta sem comprometer o orçamento destinado à saúde pública”, explica.

Doença de Chagas e sífilis

A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro. Durante o seu curso no organismo da pessoa, a doença apresenta duas fases, uma aguda – podendo ser sintomática ou não – e uma crônica, podendo ser cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.

Já a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Muitas vezes, apresenta sintomas discretos e a procura tardia pode causar complicações.

No Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados 12 mil casos de sífilis adquirida, quase 5 mil de sífilis em gestantes e 1,6 mil casos em menores de um ano, incluindo abortos e natimortos. Ambas as doenças possuem cura e tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

*Com informações da Secretaria de Saúde

 

Doença de Chagas

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Ana Bottallo
São Paulo-SP

A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.

O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.

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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.

“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.

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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.

Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?

Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.

Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.

Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.

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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”

Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.


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