Hospital de Base do DF é a primeira unidade 100% SUS a realizar intervenção cardíaca minimamente invasiva
Data de Publicação: 12 de fevereiro de 2025 07:52:00 Procedimento inovador para tratar arritmias cardíacas reduz tempo de internação e melhora a recuperação dos pacientes Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
Agência Brasília
11/02/2025 às 15:20
Hospital de Base do DF é a primeira unidade 100% SUS a realizar intervenção cardíaca minimamente invasiva
Procedimento inovador para tratar arritmias cardíacas reduz tempo de internação e melhora a recuperação dos pacientes
Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
Na última sexta-feira (7), o Hospital de Base do DF (HBDF) tornou-se a primeira unidade de saúde 100% SUS a realizar um procedimento inovador para o tratamento de arritmias cardíacas com a ablação e aplicação de pulso de elétrons (PFA). Essa técnica minimamente invasiva não exige centro cirúrgico, UTI, anestesia geral nem internação prolongada, representando um avanço no tratamento da doença dentro da rede pública de saúde.
Segundo o cardiologista especializado em arritmia invasiva Henrique Cesar de Almeida, do HBDF, a fibrilação atrial é uma das arritmias mais comuns e está diretamente relacionada a hipertensão, diabetes, doença de Chagas e ao envelhecimento natural do corpo. A condição afeta cerca de 10% da população brasileira acima dos 80 anos e está fortemente ligada ao risco de derrames.
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Por não exigir centro cirúrgico, UTI, anestesia geral ou internações longas, a PFA proporciona mais precisão aos médicos e mais conforto aos pacientes | Fotos: Alberto Ruy/ IgesDF
Avanço tecnológico
A eletrofisiologista invasiva Carla Septimio Margalho, supervisora do Programa de Residência em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva do Hospital de Base, explica que a técnica é revolucionária: “A PFA utiliza uma tecnologia nova, desenvolvida recentemente, que permite a realização da ablação com mais segurança e eficiência. O procedimento, chamado ablação de fibrilação atrial com aplicação de pulso de elétrons, é um marco no tratamento da arritmia e já tem mostrado resultados promissores”.
A fibrilação atrial pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). Nos anos 1980, pesquisadores descobriram a origem da arritmia no coração, possibilitando o desenvolvimento da técnica de cauterização da área afetada. Desde então, a cardiologia tem evoluído constantemente para aprimorar esse tratamento.
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Com a nova técnica, uma operação que poderia durar até 10 horas é resolvida em cerca de 55 minutos
“O que antes levava oito horas a dez horas e exigia UTI, agora pode ser realizado em cerca de 55 minutos. O paciente pode ser encaminhado à enfermaria e recebe alta em poucos dias, o que reduz riscos, otimiza o atendimento e diminui custos”, explica o cardiologista Henrique Cesar.
Sucesso
Os primeiros dois pacientes submetidos à nova técnica no Hospital de Base foram um homem e uma mulher, ambos hipertensos. Um deles já havia sofrido um infarto anteriormente. A eletrofisiologista relata que os procedimentos foram concluídos com sucesso absoluto, sem intercorrências.
“O tempo de sala foi significativamente reduzido em comparação com as tecnologias anteriores, o que é um ganho importante tanto para os pacientes quanto para o hospital”, enfatiza.
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Um homem e uma mulher foram os primeiros pacientes submetidos à nova técnica no HBDF; ambos os procedimentos não tiveram intercorrências
Uma das principais vantagens da nova técnica é a possibilidade de realizá-la fora do ambiente cirúrgico tradicional, no próprio setor de hemodinâmica, garantindo mais agilidade e segurança para os pacientes.
Perspectivas
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O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pela administração do Hospital de Base, tem interesse em participar do processo de aquisição dos insumos necessários para oferecer a tecnologia de forma permanente na unidade.
“A adoção dessa nova técnica no SUS seria um avanço para a saúde pública. A expectativa é que mais pessoas possam ser beneficiadas por essa tecnologia, melhorando a qualidade de vida de milhares de pacientes que sofrem com arritmias cardíacas”, finaliza Carla Margalho.
*Com informações do IgesDF
Ana Bottallo
São Paulo-SP
A pandemia da Covid, embora ainda seja responsável por cerca de cem mortes por dia, parece estar cada vez mais próxima dos seus dias finais.
O convívio com o coronavírus, ao que tudo indica, está perto de uma situação de equilíbrio, quando o número de novos casos se aproxima do patamar conhecido para outros vírus respiratórios, como gripe e vírus sincicial respiratório (VSR). Isso não significa, no entanto, que já estamos completamente livres do vírus.
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A onda de frio fora de época em boa parte da região Sudeste do país tem provocado novos casos de gripe que já levaram à lotação de hospitais. Além disso, boa parte da população mais jovem, incluindo as crianças com menos de 5 anos, ainda não foi vacinada contra a Covid.
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a nova onda de resfriados e gripes é causada em grande parte por influenza A H3N2 (vírus da gripe), que apresentou um período de sazonalidade diferente neste ano, em consequência da própria pandemia da Covid.
“Estamos provavelmente no melhor período de convívio com o coronavírus, e por isso mesmo, com o relaxamento das medidas, volta às aulas e volta de aglomerações, o influenza está circulando bastante, aliado a uma baixa cobertura da vacina contra gripe”, explica o pediatra e diretor de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.
Nesse cenário, os sintomas de gripe e Covid podem se confundir, especialmente nas pessoas que já receberam o esquema vacinal completo -hoje, considerado como três doses primárias de qualquer um dos imunizantes com duas doses ou duas doses da Janssen seguidas de reforço.
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Veja abaixo quais são os principais sintomas de gripe e Covid, como se proteger e quais medidas tomar se você apresentar gripe ou resfriado por um dos vírus.
Como diferenciar os sintomas de gripe e Covid?
Segundo os especialistas, a diferenciação dos sintomas de gripe e Covid não é clara, especialmente em pessoas vacinadas. Em geral, os sintomas mais comuns da infecção pela variante ômicron do coronavírus são dor de garganta, dor de cabeça, coriza e fadiga (cansaço). Outros sintomas que podem aparecer são espirros, tosse, febre, dores no corpo e perda de olfato ou paladar, embora este último não seja mais tão comum quanto com as outras variantes do coronavírus.
Para Kfouri, os sintomas de gripe e Covid em pessoas vacinadas com pelo menos três doses são quase indistinguíveis. “Pode até ser que a influenza dê mais febre alta, chega com um mal-estar mais forte já no primeiro dia, enquanto a Covid demora de 1 a 3 dias para manifestar os sintomas, pode dar mais dor de garganta, perda de olfato. Mas a única maneira de diferenciar é com teste”, explica.
Segundo o infectologista e diretor médico do Grupo Fleury, Celso Granato, a alta circulação do vírus influenza neste momento, especialmente em São Paulo, é refletida também nos exames laboratoriais. “Há duas, três semanas, quando ainda era o período do inverno, eram notificados dois, três casos de gripe por semana. Agora, na semana que passou, foram 1.480 casos, e na semana anterior, 1.577, ou seja, uma explosão”, explica.
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Para ele, a maior circulação do vírus da gripe pode indicar que a probabilidade de uma infecção hoje ser por influenza é maior do que pelo coronavírus, cuja positividade dos testes está em torno de 1,5% a 2%. “Mas ainda temos casos, embora muito menos do que no início do ano.”
Para Raquel Stucchi, professora da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia de São Paulo (SBI-SP), em um cenário ideal teria exame para influenza também na rede pública, mas a oferta é muito escassa. “Fazer o teste quando apresenta sintomas gripais para descartar ou não se é Covid é o primeiro passo”, diz.
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